segunda-feira, 16 de maio de 2022

 


PEQUENINOS PRAZERES

Momentos!...
Nossa existência, assim como os filmes e novelas, é fragmentada.
É feita de momentos. De passagens ora alegres, ora tristes, mas que fluem sempre.
Viver é atravessar portas que nos conduzem à salas que se sucedem infinitamente.
Neste movimento, como é natural, escolhemos permanecer mais tempo nas salas alegres, enquanto que buscamos fugir rapidamente das tristes, forjando rotas de fuga de acordo com nossa criatividade e determinação.
Em horas assim podemos adquirir hábitos que nos torturarão os dias lá na frente.
Surgem como pontos de apoio aos maus momentos, pequeninos prazeres que ajudam a superar horas tristes ou dias sem viço.
De tão normalizados, sua validade parece incontestável.
São as amizades "leves", aquelas que nos alegram momentaneamente o coração com suas gracinhas e inconsequências.
É a roda de amigos no bar.
É o álcool turvando a mente.
A alimentação exagerada.
Os encontros infelizes.
É o romance de uma noite, o sexo casual.
A piada que faz gargalhar, o humor chulo, a fofoca, as drogas, a diversão deprimente, os desvios mascarados de "cult", "cool" e etc.
É certo que ninguém precisa sucumbir ao sofrimento, se deixar arrastar pela dor, ou viver num mundo a parte, distanciado do que acontece ao seu redor.
É instintivo que se procure, nas horas tristes, um caminho alternativo, algo que traga alívio, da mesma forma como tomamos alguma medicação sempre que o corpo acuse dor ou desconforto.
Rir é bom, é saudável.
Não se deixar abater pelas provas da vida é sinal de maturidade.
Preservar a serenidade nos dias difíceis poupa o corpo e a alma de sofrimentos maiores.
O que queremos anotar aqui são as rotas de fuga infelizes.
Nada demais experimentar um drinque de vez em quando, se é do gosto da pessoa, rir de uma anedota, confraternizar, apreciar um bom prato.
Se não estamos bem, é importante que se busque algo que possa melhorar o ânimo.
Há multidões de pequeninos prazeres, e alguns podem efetivamente colaborar no retorno de nossa paz e bem estar.
O que André Luiz explica aqui é que existem determinados "pequeninos prazeres" que podem intoxicar nossa alma e destruir nossas melhores esperanças.
Citamos alguns acima.
Outros, talvez só você conheça ou procure.
Vivemos tempos em que o mal que ainda habita entre nós luta para que o obsceno vire o novo normal. Consumimos orientações neste sentido o tempo todo.
É quando aquilo que piora o que já está ruim, acaba virando hábito degradante, vício pernicioso.
Aquilo que termina por derrubar o que já está em queda.
Entre risos e "cachacinhas", lá se vai a vida.
Entre quitutes e guloseimas, lá se vai a saúde.
Entre intimidades aviltantes, lá se vai o equilíbrio.
Entre juízos irrelevantes e "conversa fiada", lá se vai a sanidade.
Se o caminho para sair de um quadro enfermiço passa pela alegria e pelo bom convívio, busque-o.
Alimente-se com qualidade, brinde com os amigos e familiares, ria muito, divirta-se.
Sim, você pode e deve fazer isso.
Mas escolha bem como fazer, com quais ingredientes e com quem.
(Instituto André Luiz)


terça-feira, 10 de maio de 2022

 


"Não se deprecie." - André Luiz 

Não coloque a sua felicidade em mãos alheias.
Cada qual está procurando sua própria felicidade.
Não permita que outra pessoa determine o que pode ou não lhe fazer feliz.
Apenas você sabe o que faz bem e o que faz mal ao seu coração.
Seja o condutor de sua vida, o capitão de seu barco, o dono de suas decisões.
A felicidade é decorrente de divisões, nunca de subtrações.
Quando lágrimas superam os sorrisos é hora de para e pensar o que se está fazendo da própria vida.
Pequenos sacrifícios em nome da paz são sempre bem vindos, mas sacrifícios intermináveis capazes de causar dano e sofrimento não.
Ame sempre, doando-se como achar melhor e de acordo com sua resistência e vontade, mas não permita que os outros transformem a sua estrada em mar de espinhos em nome do amor.
A sua felicidade pertence exclusivamente a você.
Quando o respeito sustenta e engrandece seu bem estar, naturalmente você é capaz de levar felicidade aos outros.
Sorriso atrai sorriso.
Abraço atrai abraço.
Amor atrai amor.
Mas desrespeito, descaso, desprezo e solidão atraem apenas o pranto, que amarga a vida e destrói sonhos e esperanças.
Cuide-se. 
(Instituto André Luiz)

 


AGENTES DO CONTRA

terça-feira, 3 de maio de 2022

TEMPO DE PRODUZIR, TEMPO DE PARAR.
EM QUE TEMPO VOCÊ ESTÁ?

"Nunca desconsidere o valor da sua dose de solidão, a fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das próprias forças." - ANDRÉ LUIZ

Dias se alternam, semanas, meses e anos passam céleres no calendário da vida... Neste ínterim, dormimos e acordamos tantas vezes e de forma tão mecânica que quase não notamos seu passar. Para falar a verdade, nem reparamos muito nele. Mergulhados no vórtice vital, nos rendemos ao seu poder e produzimos de acordo com o seu ritmo. 

No entanto, e em certas épocas, tudo muda. Nossa disposição em enfrentar um novo dia, ou um novo ciclo, diminui consideravelmente. É desta disposição que queremos falar hoje.

Num dado momento, percebemos uma estranha letargia nos convidando a caminhar por nosso próprio relógio, que parece estar mais vagaroso e desatento. Eis então que nos vemos praticamente num mundo à parte, onde, dentro de um fluir peculiar, tudo é mais pensado e sentido.

Nossas necessidades não são medidas somente pelo mundo tangível: algo que ainda não abrangemos determina o ritmo para avanços e recuos dentro da Criação. As estações do ano nos dão uma pálida ideia de como funciona o universo... Se a primavera e o verão são dias de acordar e trabalhar, dias de viver e de plantar, o outono e inverno representam tempo de se recolher e observar, de colher e de guardar...

Se hoje você acordou num estágio assim, querendo atrasar o próprio relógio, sequioso de mergulhar em si para se achar em algum ponto esquecido da memória, porém necessário ao cumprimento de alguma coisa que ainda não consegue entender, não se sinta culpado ou doente.

Viva este momento com calma.

Reduzir o fluxo, fazer tudo no tempo em que a alma se encontra no momento, eis a chave para não entrar em conflitos desnecessários consigo mesmo e evitando pensamentos do tipo: estou doente? Preciso de medicação? Será depressão? quando o que ocorre é apenas o espírito pedindo trégua, um pouco de relaxamento das tensões materiais e desejando simplesmente respirar em paz. 

Com base nisso, cumpra tão somente as obrigações mais urgentes e inadiáveis, sem se forçar a criar algo novo ou a iniciar um novo projeto meramente para "voltar a render". Não se cobre e não se obrigue a seguir um ritmo no qual você não está no momento.

Ouça mais sua respiração e seu coração. Deixe que ideias que parecem vir de um tempo a parte se materializem na mente, e depois reflita sobre elas.

Permita-se descansar.

Antes de você, os problemas já existiam. Depois de você, os problemas prosseguirão, testando novas vidas.

Pense nisso.

Parar por um tempo não é estagnar, é respeitar suas particularidades. Acordar "outono" é significativo... Hora de separar os frutos maduros do tronco, de deixar as folhas se desprenderam dos galhos, hora de se despir, de perder cascas para se renovar mais à frente... Hora de recolhimento, de introspeção, de sentir o pulsar do mundo em si, num escoar único e diferente, mas do qual sabemos fazer parte... Nada às pressas, mas pelo fluir da Natureza que, agindo de igual modo em tudo e em todos, pede um tempo especial para o preparo da nova floração.

Aproveite este momento sem culpas. Aproveite seu outono ou seu inverno da forma como o coração pede. Se ele está pedindo para parar, pare.

E não se preocupe: mais à frente, como parte da Natureza, você florirá outra vez porque a primavera fatalmente virá, acordando-o em plenitude... Assim como a Natureza, a alma também descansa para depois voltar a florir infinitamente mais bela.

(Lori Damm para o Instituto André Luiz, 02/05/2022)