domingo, 3 de abril de 2022

 


AMAR COM PAIXÃO

Conhecemos o martírio pascoal como A Paixão de Cristo.
Foi quando Jesus se deu, por amor, à toda Humanidade.
Jesus não apenas amou, acima de tudo ele colocou toda a sua paixão na missão que trazia à Terra, mesmo sabendo que ela o conduziria à morte.
Amou com toda a sua alma, intensamente.
Falou. Ensinou. Acolheu. Curou. Repreendeu. Defendeu os interesses do Pai. Não se abateu, não se abalou.
Também não se vendeu, não cedeu, não se amedrontou.
Foi invariavelmente fiel ao seu amor pela Humanidade, amor que era síntese e razão da vontade que o movia.
Por isso, no momento certo, saiu a pregar.
Falou, ensinando e modificando corações, estabelecendo assim novos parâmetros religiosos, sociais e morais.
Até o fim, defendeu o amor e o perdão como bases maiores da salvação.
Se já ouves o chamado do Alto para a missão que te espera a boa vontade. não se atrase.
Ponha-se a caminho amando intensamente.
Abrace a tarefa que te cabe, mesmo que pequenina.
Coloque paixão em tudo que fizer.
Coloque fé, amor e confiança em Deus e prossiga, apesar de tudo e qualquer coisa.
Há uma alegria imensa, após a luta, naquele que defendeu a causa do Bem com todas as suas forças, que nela trabalhou com empenho e vontade.
Este terá invariavelmente na boca o doce gosto da vitória sobre si mesmo.
Porque o que se omite, se atemoriza ou se envergonha, este não sabe da luta.
No grande rio da vida, não ama a força dos braços que pode pô-lo em movimento.
Inerte, ficará ao sabor das águas, sem paixão pela vida, sem saber o que é desejar enfrentar a corrente e vencer.
Apenas flutuará indefinidamente como uma folha seca tombada pelo acaso.
Uma folha seca é bela, não resta dúvida. Porém longe da árvore que a mantém, é apenas uma folha seca... destinada ao monturo ou ao fogo."
(INSTITUTO ANDRÉ LUIZ)

terça-feira, 15 de março de 2022


POLÊMICAS

Algo que está se tornando muito difícil atualmente: receber uma resposta "atravessada" nas redes sociais e deixar quieto. O impulso primeiro é retrucar com a mesma hostilidade. Depois argumentar fortemente. E então finalizar, colocando o "mal-educado" em seu devido lugar. Esta é a nossa grande vontade e é praticamente o que a maioria faz. Por isso esse campo de guerra nas redes. Falta de respeito, imaturidade, prepotência, orgulho, vaidade são algumas das causas de tantas discussões. E de muito ódio também, infelizmente. Ódio este que tantas e tantas vezes já vimos se materializar em brigas físicas, em ataques violentos e onde pessoas chegam às vias de fato por causa de divergências políticas, esportivas, raciais ou territoriais. São pequenas guerras que, junto a tantas outras pequenas guerras, transformam o cotidiano do mundo num estéril e exaustivo campo de batalha, produzindo toxidade e combustível para mais e maiores confrontos. Diz Emmanuel que "a guerra é o monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um." Nada mais verdadeiro! Pontos de vista todos possuem. E se queremos respeito para com os nossos, é imprescindível que respeitemos os pontos de vista alheios também. Mas para isso necessário se torna que o egoísmo, que a imaturidade, que a impulsividade e, principalmente, que o orgulho sejam domados à custa de esforço próprio. Amadurecer é ceder, recuar, desculpar, compreender e aceitar. Mergulhado em uma eterna infância, o ser humano prossegue fazendo birra, chorando, gritando e exigindo que sua vontade seja feita. O resultado aí está. (Instituto André Luiz)

SOMOS ÚNICOS

Pede a evolução que sejamos submetidos ao aprimoramento necessário juntamente com todos os demais seres. Temos ao nosso dispor a Terra, o tempo, a inteligência e o conhecimento adquirido em conjunto. Até este ponto somos iguais, mas a igualdade cessa assim que colocamos em ação as engrenagens da vida que nos diz respeito. Porque somos únicos. Nossa reação é sempre única. Deus não faz cópias. Não há ninguém igual a nós e não somos iguais a ninguém. Cada coração, um caminho. Pense nisso. Nesta novos dias, faça o que lhe compete fazer da melhor forma possível. Mas procure fazer do seu jeito, e segundo o seu entendimento, amparando-se sempre na segurança da prece e do discernimento. Não copie ninguém e não exija que os outros o copiem. Observe e aprecie os bons exemplos. Mas seja original ao escrever sua história. "Assim, cada um de nós tem o testemunho individual no caminho da vida." (Instituto André Luiz)


LIGAÇÕES MENTAIS

Assunto sério e sobre o qual deveríamos meditar mais, principalmente antes de externarmos alguma opinião.
Vivemos sob pressão de forças mentais, mas também as externamos, influenciando por nossa vez o meio em que vivemos.
São sintonias sempre condizentes com o nível espiritual em nos encontramos. Espíritos encarnados e desencarnados, simpáticos entre si pela igualdade de ideias, sempre se escolherão, emitindo pensamentos e opiniões de acordo com o padrão mental e moral a que se afinam.
Isso é válido tanto para o bem quanto para o mal.
Para o progresso ou para a destruição.
Estamos por enquanto em fase de elaboração de virtudes, e por isso mesmo ainda altamente sujeitos às sugestões primitivas ou animalizadas.
Por isso importante lembrar aqui, mais uma vez, da necessidade do autoconhecimento.
Se já estamos dispostos a nos elevar, abandonando o "vale das inclinações comuns", o autoconhecimento se torna urgente e inadiável, por exigir de nós exercício constante de seleção tanto no plano mental quanto no terreno das atitudes.
A Natureza progride selecionando elementos.
Selecionemos por nossa vez as forças mentais que nos chegam, elevando nosso padrão mental e mais cedo do que supomos, estaremos a salvo dos maus pensamentos e das más inclinações que levam, quase sempre, às atitudes infelizes.
(Instituto André Luiz)

quarta-feira, 2 de março de 2022

 

ASSUNTO DELICADO: DESENCARNAÇÃO

"Ninguém deve ser o profeta da morte e nem imitar a coruja agourenta, mas, enquanto você guardar oportunidade de amealhar recursos superiores para a vida espiritual, aumente os seus valores próprios e organize tesouros da alma, convicto de que sua viagem para outro gênero de existência é inevitável."
(André Luiz, Agenda Cristã, 14)

"Meus amigos, um assunto que não apreciamos muito mas do qual precisamos falar: desencarnação.
Todos nós, um dia, passaremos para o outro lado, levando na bagagem apenas o que fizemos de nós na Terra. E a pergunta é: como faremos esta travessia? De que forma chegaremos lá? Pelas palavras de Lísias, conclui-se que muitos de nós não estão desencarnando como espíritos que cumpriram favoravelmente o seu programa reencarnatório, mas sim como feridos de imensas batalhas, e que vão bater às portas da espiritualidade na condição de enfermos graves.
Não deveria ser assim, ao menos não mais entre nós, os que já possuem algum esclarecimento.
Pois raciocinemos: é desde sempre que o Mais Alto tem enviado ao Mundo os seu Mensageiros, trazendo informações importantes ao nosso crescimento moral e espiritual e à nossa ciência de que a vida levada na Terra reflete-se na forma de como se chega no Além.
"Não faça aos outros o que não queres que te façam."
"Conhece-te a ti mesmo."
"Ama ao próximo como a ti mesmo."
"Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete."
Filósofos, profetas, iluminados... Vieram muitos, desde sempre!
O maior deles foi Jesus.
Depois veio o Espiritismo Consolador.
E após a codificação, inúmeros abnegados missionários do Alto encarnaram no orbe, principalmente no Brasil, trazendo maior luz para uma ampla compreensão da Boa Nova.
Orientações não nos faltaram desde sempre, e continuam não faltando.
Pelo seu volume e valor, deveríamos aportar no Além no máximo na condição de espíritos perturbados pelo desencarne, como é natural, com um ou outro óbice, visto sermos ainda espíritos em aprendizado e por isso mesmo passíveis de erro, porém não mais como doentes a exigir cuidados intensivos e prolongados. Desencarnados ocupam pavilhões incontáveis nas colônias espirituais, segundo Lísias. Olhando-se por este ângulo, isso quase implica dizer que, para nós, o mergulho na carne, ao invés de oportunidade de elevação, significa armadilha que nos coloca a mercê de dificuldades maiores do que as que podemos suportar.
E sabemos que não é verdade. Deus dá a dificuldade sempre de acordo as com a nossa capacidade.
O peso da prova corresponde à força dos nossos ombros!
Viver, reconhecemos, não é fácil, de modo algum estamos dizendo que é fácil, mas não é impossível. Todo avanço pede empenho, todo nova lição requer esforço! Avançar é rasgar frentes e nem sempre o processo é indolor... No entanto, o que nos resta senão prosseguir? O caminho da felicidade real passa pela dificuldade e pela dor, e sim, nós podemos passar e completar o processo, porque estamos aptos para tanto! Aqueles que triunfaram antes de nós atestam desta verdade.
O que está faltando então?
Autoconhecimento? Exame acurado das próprias forças? Objetivo? Determinação? Vontade?
O que está sobrando, por parte de muitos é evidente: acomodação, indiferença, temor e apego exacerbado às paixões terrenas.
Drogas, bebidas, medicamentos, sexo e outras tantas rotas de fuga do ser humano, só o fazem adoecer, física e espiritualmente. E o espírito adoecido é frágil, vulnerável, requisitando cuidado especializado.
E estamos falando aqui dos que já podem receber o acolhimento devido. Lamentavelmente um imenso número de almas chega às portas do Além, diariamente, sem a menor condição de atendimento nos núcleos de socorro.
Então a pergunta é: até quando? Será que já não estamos prontos para reverter este quadro?
Será que grande número de nós já não está apto a chegar no outro lado minimamente melhor?
Vamos esvaziar os pavilhões espirituais, meus amigos, nos esforçando para chegar no Além não mais em frangalhos, almas que precisam de atenção prolongada para doenças facilmente superadas se aplicássemos ao coração, quando em vida, a máxima do Cristo: "Amai-vos uns aos outros como vos amei."
Nos curemos antes de partir. E sim, nós podemos fazer isso! E de que forma?
Levando a sério o próprio burilamento, honrando nosso compromisso com a evolução humana!... Compreendendo definitivamente o que significam de fato amor, humildade, fraternidade e perdão! Nos recompondo espiritualmente perante nós mesmos e do nosso próximo, sempre que equivocados... Recomeçando e refazendo lições, sem fugir à luta e sem se acovardar!
Aquele que consegue sobrepujar as dificuldades do caminho, sem se abater, crescendo com elas, invariavelmente chega forte e vigoroso no Além, pronto para prosseguir a jornada evolucional. Precisamos amadurecer, perder o medo da morte, nos conscientizar de que ela um dia vai acontecer, e nos fortalecer para este dia!
E mais que isso: Cultivar a certeza de que após a morte e em outro plano, a vida vai continuar e de que forma vai continuar depende de como desencarnamos!
Cultivemos objetivo, determinação e vontade!
Amemos a alegria, pratiquemos o perdão, estendamos o amor e a compaixão.
Trabalhemos pela erradicação do mal que ainda vive em nós, com afinco e humildade!
Cuidemos do espírito com o mesmo empenho com que zelamos pela saúde do corpo!
Na Terra, fustigada pela Covid 19 e suas variantes, medidas sanitárias rígidas, vacinas e restrições inúmeras conseguiram esvaziar pouco a pouco os hospitais.
Enquanto ainda na carne, usemos as mesmas referências profiláticas:
Higienizemos o campo mental.
Vacinemo-nos contra o Mal.
Restrinjamos nossa movimentação em ambientes corrompidos ou doentios.
E, acima de tudo, façamos da oração o nosso "fique em casa saudável" porque só a oração tem o poder de nos manter isolados de tudo o que pode infectar e adoecer o corpo e a alma.
"A Seara é imensa e os trabalhadores poucos", lamentou-se Jesus.
O mesmo Mestre que ordenou à Lazaro: "Levante-se-e ande!"
Então vamos deixar, espontaneamente, de pesar na já imensa massa hesitante e enfermiça da Seara, para nos enfileirar jubilosamente junto aos que, como Lázaro e todos os demais que já despertaram, estão em condições de "levantar e andar" com Jesus, para servir, para trabalhar!
Retornemos à pátria espiritual no dia aprazado como quem esteve num campo de batalha, é certo, mas, se me permitem o toque poético, um campo de batalha às avessas, onde lutar equivale a ganhar a vida, e não a perdê-la!...
E se possível trabalhando, pois a Seara prossegue imensa e os trabalhadores poucos.

Um trabalhador amigo."

Instituto André Luiz, 28/02/2022 (Impressões acerca de um desdobramento espiritual)

sábado, 19 de fevereiro de 2022

 

D E   V O L T A   À S   R U A S

Durante a fase aguda da pandemia, ficamos com saudade das ruas, do ir e vir, das locomoções diárias e que foram escasseando até quase desaparecer. Raramente saíamos e quando era necessário, a pressa em voltar ao lar marcavam nossos passos assustados.

Voltar às ruas, ao convívio despreocupado com os outros, tornou-se um sonho distante.

Mas com as vacinas e com a pandemia aparentemente regredindo, conseguimos reconquistar alguns espaços, entre eles as ruas, para poder ir e vir sem tanto medo. Voltamos à escola, ao trabalho, às compras e também à visitação (mais cuidadosa agora) a familiares e amigos.

Porém ao lermos a orientação de André Luiz, logo abaixo, inevitavelmente ficam no ar algumas perguntas:

- Aprendemos mais humanidade com a pandemia e com as restrições dolorosas que ela nos impôs?

- Estamos melhor preparados para um novo ir e vir pelas vias da cidade onde moramos?

- Temos agora algo realmente de bom para doar ao nosso semelhante?

- Estamos abertos e mais humildes para receber dos outros coisas positivas ao nosso aprendizado?

- Mudamos com a pandemia ou prosseguimos iguais?

É um momento de análise profunda e sincera.

Se você já não vê as ruas como simples local de passagem, mas sim vias abençoadas de acesso ao trabalho, ao estudo, ao lazer, ao convívio parental, profissional e social que o dignificam, então sim, você mudou.

Mas se a rua ainda é campo de batalha, local de aborrecimento e enfado, campo de caça a interesses subalternos e passarela de vícios e induções infelizes, então infelizmente nada foi absorvido das importantes e severas lições que a pandemia nos legou.

(Instituto André Luiz)

 

A M I Z A D E

Amizade é uma relíquia que a vida concede àqueles que sabem amar.
E todos sabem amar, mesmo o mais abjeto dos homens.
Somos todos filhos do Amor Maior, talvez temporariamente distanciados, equivocadamente maus, mas nunca esvaziados dele.
E toda pessoa, boa ou má, quase sempre tem um amigo, alguém que quer bem, uma pessoa em quem confia e com quem conta na vida.
Mas somos humanos, e erramos muito ainda.
Natural amigos se estranharem num dia qualquer, por motivos talvez tolos.
Então nos distanciamos, remoendo mágoas e ressentimentos. De coisas e situações que, quem sabe, existam apenas em nossa mente.
Diálogo neste momento é fundamental.
Procurar para conversar, esclarecer dúvidas e aclarar sentimentos, é o que se deve fazer com urgência, antes de a amizade esfriar ou deteriorar.
Transparência também é fundamental.
Abrir-se, ser absolutamente sincero.
Ter permissão para ser absolutamente sincero!
Amizade em que um dos dois não pode falar o que pensa e o que sente, não é amizade.
É um acordo, uma utilidade qualquer, menos amizade.
Amigo é sempre um irmão que retorna ao nosso coração. Sem ser um anjo, nos ilumina, sem ser um mestre, nos ensina, ri e chora conosco, vibra com nossas conquistas e se dói por nossos fracassos.
Caminha conosco pelo tempo que for preciso e muitas vezes - quase sempre! sem exigir nada em troca, apenas por amor.
Se hoje um amigo está distanciado e você sente a falta dele, traga-o de volta ao seu carinho, deixando claro o quanto ele é importante para você. Não importa quem ele seja, onde esteja e o que esteja fazendo, de bom ou ruim (segundo nossa visão), no momento.
Não pergunte, não se incomode, não acuse, não condene.
Acolha e abrace, enquanto ele está ao alcance de seu afeto e dos seus braços.
Se dentro do acolhimento cabem todas as dores, dentro de um abraço cessam todos os sofrimentos.
E equívocos também.
(Instituto André Luiz)